O artigo de Florence Carboni e
Mario Maestri dissocia-se das visões estruturalistas de linguagem neutra e
linguagem única, enfatizando o caráter social, de ideológico, histórico do
signo linguístico. Discute a produção - determinação performativa da língua
pelas classes dominantes através da história e suas funções integrativas e de
ocultação das contradições sociais, de raça, de gênero, etc. Aborda a produção
de linguagem determinada pelas classes dominantes do Brasil, na
Colônia e no Império, e seu uso acrítico pelas ciências sociais - “índio”,
“escravo”, “tribo”, “amo”, etc. Propõe a necessidade de supressão e correção
das desigualdades linguísticas e que as ciências sociais de superarem a “palavra do outro” e expressem
novos conteúdos sob novo aparato categorial.
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